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LETRA:
SONHOS ACORDADOS
Varais coloridos como pano de fundo,
aeroporto de aviões de papel,
o catavento, continua a girar,
as pipas ainda pairam no céu.
Sangue pintado com lápis vermelho,
quantos rostos ficaram naquele espelho,
duelo mortal, soldados de plástico,
os sonhos daqueles que estão acordados.
Sirenes em chamas correndo no quarto,
vagando em um cemitério em neón,
o choro que molha os cabelos cortados, acorde cedo,
é dia de cosme e damião.
Sangue pintado com lápis vermelho,
quantos rostos ficaram naquele espelho,
duelo mortal, soldados de plástico,
os sonhos daqueles que estão acordados. (Felipe Rodrigues)