SÉRGIO SANTHIAGO

RIO DE JANEIRO

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"Noites de esbórnia"

Autor(es): SÉRGIO SANTHIAGO

LETRA:


Ele chega à noite, fumaça no olhar
A garrafa cheia, querendo se perder
Todos dançando, no som a ecoar
O copo é seu amigo, a rua é seu lar...

No bar, na esquina, vai sempre a vagar
A dor se disfarça, não se pode enxergar
Amores de uma noite, promessas que vão
E o tempo é só mais um inimigo da mão...

Vive na esbórnia, no brilho de pecador
Som que embriaga, no amor que se foi
Ele dança, ele mente, ele finge não ver
Que a noite acaba, e o vazio vai crescer...

O peito é pesado, mas ele se esconde
Riso naufraga, mentiras que responde
Se a lua chora, ele não vê o amanhecer
A vida é um jogo e ele só quer esquecer...

Conta os segundos, o tempo a se arrastar
A solidão dança no peito, mas ele disfarça
Promessas são fúteis, as noites vão e vêm
De verdade, ele sente que o vazio convém...

O brilho da noite não apaga a solidão
O corpo cansado, mas a mente a pensar
Nos bares que ficam, e os amores a faltar
Mas será que no fim, consegue encontrar?

Vive na esbórnia, no brilho de pecador
Som que embriaga, no amor que se foi
Ele dança, ele mente, ele finge não ver
Que a noite acaba, e o vazio vai crescer...
 
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