SÉRGIO SANTHIAGO

RIO DE JANEIRO

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"Favela"

Autor(es): SÉRGIO SANTHIAGO

LETRA:


No morro, no mangue
Plano, ou no campo
Na beira de um rio
Margem dos mares
Suspensos alagados
Palafitas indevidas

Desponta uma cidade
Amontoada, excêntrica

De gente que quer vencer
Lugar de lutar e sobreviver
Gente sem ter pra onde ir
E que precisam existir...
Gente que é gente ...
Gente pra servir!

 
Sou daqui
Sou da vida
Sim, minha terra
Da minha janela 
Vejo o mundo

Sem medo eu digo
Sou favela !
 
Gente humilde, simples
Que trabalha, se esforça
Que se protege e cansa 
Nunca para ou descança

Das maldades da cidade 
Minha comunidade bela
Que improvisada é amada
Lugar de gente que vai
Se refaz na vida paralela

Se ama e se ajuda, sequela
Lugar de quem se conhece
Que o sofrimento esquece
Aqui não é o seu lugar
O sonho precisa acontecer...


Sou daqui
Sou da vida
Sim, minha terra
Da minha janela 
Vejo o mundo

Sem medo eu digo
Sou favela !
 
Tenho noção, emoção
Tem facção que explode
Muda a razão por mudar
Mas tem gente, coração
Que sempre quer ajudar
Amizade, amor e caridade
Paz, alegria e irmandade
Não é preciso muito
Para a tal felicidade
O mundo precisa conhecer
Todos precisam entender...

 
Muito mato, muita poeira
Metal danado, contra o bando 
Tudo escondido, distribuído
Ser consumido na cidade
Mato queimado pra flutuar

Grande para nos enganar
Grande para se esconder

Dominantes que festejam
Enlouquecem e farejam 
A verdade inteira latejante 
Que isso nunca vai acabar
É preciso de muito amor
Pra vida recomeçar...

 
Sou daqui
Sou da vida
Sim, minha terra
Da minha janela 
Vejo o mundo

Sem medo eu digo
Sou favela !
 
Gente grande, importante
Da favela sua grande fonte
De mentiras, de intrigas 
Uma intensa rica ponte 
Para grandes ambições

Depois, grandes soluções
Alimentam falsas intenções 
Votos que nós podemos
Todos iguais magistrais

Mesmo peso e valor
Podemos discordar, mudar
Pela promessa esquecida
Pelas vozes parecidas
Que toda vez enganam

Pra mudar tudo de vez
Nada vai ser mais igual
Ao que você sempre fez...
 
Sociedade que se engana
Que apodrece todos os dias
Que faz tudo pra gente pensar
Que existem lados pra escolher
 
Sou daqui
Sou da vida
Sim, minha terra
Da minha janela 
Vejo o mundo

Sem medo eu digo
Sou favela !
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