DOIS ALGUÉNS
Autor(es): Marcio Fly
, Ney Anderson Cavalcante Bezerra
, MARCIO COUTINHO JURADO
, OSMAR ROSSETTI
LETRA:
Dois alguéns
Ney Anderson
Você não sabe por onde passei
Das desilusões que tanto travei
Na vida errante que nunca falhou
Na vida vivida que o tempo passou
Minha vida se fez assim, um pouquinho de mim, um pouquinho sem ti.
Sem mim.
Apenas por aí.
Na estrada sinuosa, sem sinalização, onde a vida cobra todo o tempo uma ação.
Não estou aqui agora te cobrando perdão, mas com um leve desejo de te ter na minha mão.
Mas ninguém segura o tempo, porque o tempo é.
Ele nunca foi e nunca será.
Apenas é.
O tempo é abstração.
Eu sou assim, você é assim. Vivemos nessa ilusão, rodeados de paixão, esperando que o mundo pare e nos dê a direção.
Parar o mundo é impossível para nós, que vivemos sempre uma realidade atroz, de quando a gente era o que não queria ser.
Tentando encontrar uma razão de ser.
Agora é impossível sair desse estranho infinito, jogando com o nosso instinto.
No abismo.
No abismo.
No abismo.
No abismo intangível das emoções.
Já não sabemos mais quem somos nesse buraco negro da imensidão de nós.
É culpa do tempo.
Do vento.
Da nossa voz.