O abismo te olha
Te assusta, te escolhe
Ainda dá tempo de voltar...
O mundo te protege
Se esconda e espere
Nem um passo a mais...
É hora de pensar...
Volte para entender
Tente mais uma vez
Siga noutra direção...
Temos que saber se vamos
A verdade que queremos
Onde se esconde o perigo...
Tenho que ir conhecer
Descobrir as lendas
Embrenhar pelas fendas...
Ler todas as mensagens
Decifrar as origens
Entender as miragens
Nas cavernas, eternas
Vou também escrever
O que fiz e ainda vou fazer
Direi todas as verdades
As loucas indecências
Que puder lembrar...
Nas cavernas não se mente
Mesmo que alguém atente
O que basta é a razão...
Um lugar pra se esconder
Do calor e da umidade
Da loucura eterna da cidade
Um lugar imune, das chuvas
Das perdições, das punições
Bom lugar para pensar...
Um mergulho nesse infinito
Das profundezas esquecidas
Pela maravilhosa natureza
Um recanto sem canto
Com sons de encanto
Das pedras indefesas
Quando souber de mais
Nessa minha expedição
Contarei o que encontrar...
Talvez eu cante sem parar
Para sempre me lembrar
E te lembrar de cantar