Artista da Pésti
Autor(es): vitória araújo
LETRA:
Artista da Pésti
Neste dia, minha gente, cês podem se sentar, que hoje a história de Zé Lourenço vou lhe contar.
Um caba macho, que com tua arte veio o nordeste conquistar.
Artista desde miudinho
muita história para contar.
Representante da xilogravura, o major da arte dos traços. Sempre fazendo capas cordéis sendo representados.
Realista da imagem fotográfica,
desenhavas pinturas tiradas de câmeras.
Caro homi que tinha diferencial dos norte americanos, seu cromatismo se destacava sem desânimos.
Dos pintores mais dotados de sua terra se denominava com muito orgulho. Enchia seu peito a dizer que representava a arte em seu mundo.
Dizendo “oxente” pra tudo quanto é canto espalhando sua cultura sem prantos.
Sempre foi assim pra esse moço conquistando corações com seu esforço.
Xilogravura é sua praia, capa de cordéis.
Massa demais a ideia de desespero, relatando a realidade do nordeste
com bravura e sem medo.
Cearense de ponta a pé,
desde 1964.
Quando nasceu já tinha o gingado, foi só se tornando o grande astro.
Levado pelo seu avô no caminho dos livros as palavras o interessavam,
mas leituras boas de se fazer
eram as das capas que o enquadravam.
Os caba importante, “jornalista” e “antropólogos” esses diziam que tinham técnicas incríveis
traços felizes e tristes se encontram! Ele manja!
E eu só pensava que ele fervia,
igual o sol quente de meio dia na estrada laranja.
Com tamanha emoção em seus traços,
com teu ser tingia a tela.
A luz de Lourenço, tão única e radiante
da época se diferenciava entre as somente belas.
Testemunho nos dias de luta, telas e vontade na mão, resulta numa obra de arte
de tamanha dimensão.
Oh! que honra tamanha representação. Eu, nordestina raiz, fico de queixo caído tanta arte nesse mundo, nesse nordeste e nem se ouve falar nesse Artista da Pésti!
Ah, mas não vá pensando que lourenço e sua história eram “rasos” , intenso era o sentimento que o banhava,
fé, amor e arte
era sua comida diária que sempre esse faz parte.
Grande homem ele foi,
levando tua história em tuas mãos.
Suas capas serão eternas,
donas de traços sentimentais feito laços de irmãos.
Nos deixa em 11 de maio de 1937,
mas seu legado é eterno.
Pode descansar em paz e com a consciência leve,
de que o mundo da tuas artes sempre cresce e continua enchendo de orgulho e esperança nosso nordeste.